
Quero refletir com você sobre um assunto fascinante quando estudamos as biografias de homens e mulheres que deixaram um legado nessa terra. É fascinante estudar o perfil psicológico ligado à realização de metas e construção de grandes sonhos a partir do modo de pensar, sentir e atitudes dessas pessoas. Eu me indagava: como construir grandes feitos e viver uma vida realizada? Desde cedo eu questionava os motivos de determinadas pessoas conseguirem fazer grandes realizações; e outras, não. Hoje, eu creio que existem princípios por trás de grandes conquistas, mas poucas pessoas param para descobri-los.
Creio que toda conquista começa quando alguém resolve produzir um efeito 3D no seu sonho… Quando alguém resolve levar o seu sonho a sério e escrever sobre ele. Talvez até não escreva, mas precisa pensar nele de forma sistemática e apaixonada. O sonho precisa ser “tangenciado” pelos olhos que enxergam as palavras numa folha de papel ou tela de um computador. Quando alguém resolve agir assim, ele acaba transportando o seu sonho do mundo das ideias (o mundo quântico das infinitas possibilidades) para o universo real no qual se vive – condicionado pelo tempo e espaço . Noutras palavras, pode-se dizer que tal pessoa, transformou seu sonho em um projeto de vida, fazendo exatamente o que a filosofia existencialista vai nos dizer, quando é aplicada nas pontuações de um terapeuta existencialista quando enfatiza os conceitos de projeto de vida, liberdade, má-fé etc. O grande problema, no entanto, não está na etapa descrita acima. Muitos conseguem chegar neste ponto, mas não conseguem avançar. É exatamente por essa constatação que resolvi reproduzir essa reflexão. Então a pergunta é: “por que algumas pessoas vão além?”
As pessoas que vão além e chegam até o final possuem a clara percepção de que o alcance de suas conquistas é feito por etapas. Existe um “step by step” a ser levado a sério. Um caminhar constante numa estrada na qual se deve caminhar todos os dias. Tais indivíduos não ignoram pequenos começos, nem pequenos avanços. Reconhecem que pequenos avanços, não deixam de ser avanços. Portanto, o segredo está na ação, naquilo que se faz todos os dias. Muito mais do que persistência, uma palavra chave neste processo é a consistência. É preciso ser consistente, pois ações isoladas e intermitentes possuem pouca densidade energética, e dificultam a visualização do progresso desejado.
Lembre-se de que todo sonho deve ser convertido num projeto de vida que por sua vez deve ser convertido em grandes metas intermediárias que por sua vez devem ser convertidas em atividades diárias. Se você tem um grande sonho, certamente você vibra e sente uma enorme alegria quando pensa na realização do seu sonho. Todavia, quando você pensa no processo das conversões sucessivas descrito acima, a alegria já não é a mesma. Exemplo: é possível que você se desanime diante de uma tarefa simples como enfrentar uma enorme fila para pagar a taxa de uma matrícula na faculdade; todavia, é preciso compreender que a taxa da matrícula é uma tarefa decorrente do sonho convertido: o sonho de conquistar sua graduação. No processo de conversão explicado acima temos duas polaridades. Num dos extremos, temos a alegria do sonho realizado; e no outro extremo, pode ser que tenha, a chatice de uma atividade pequena a ser feita.
Um dos princípios para a realização de sonhos e grandes conquistas é a capacidade de traçar uma linha energética que une esses dois extremos. Quando você consegue empregar uma carga emocional na pequena atividade necessária, certamente a realização do seu sonho será simplesmente uma questão de tempo. Quem já adquiriu essa habilidade, sabe que essa carga emocional possui a mesma natureza do sonho que se deseja; e é exatamente por isso que indivíduos de sucesso conseguem agir. E você? Já escreveu seu grande sonho? Já conseguiu convertê-lo num propósito e projeto de vida? Já fez um planejamento que contemple as metas intermediárias? Se sim, parabéns! Agora, basta avançar dia após dia, fazendo as atividades menores, ainda que outras pessoas as tenham como desprezíveis.
Celso Melo
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